4.7.11


Perdeu o V ENAPOL??? 

Aconteceu no mês de junho na cidade do Rio de Janeiro o V ENAPOL : 


O V ENAPOL, realizado nos dias 11 e 12 de junho contou com mais de 1500 participantes e demonstrou ser uma ocasião de trabalho conjunto das três escolas que constituem a AMP-América: NEL, EOL e EBP. Alguns colegas argentinos não puderam se fazer presentes por causa as intempéries do vulcão.  Na sexta-feira aconteceu a V jornada do CIEN, com várias mesas-redondas e com a palavra final dada por Judith Miller que relançou a questão do que é o CIEN hoje, já que os laboratórios são um centro analítico. Trata-se, sim de uma investigação interdisciplinar que deve seguir a Orientação Lacaniana, mostrando assim o quanto esse trabalho é importante para a Escola pois é um lugar onde se inscrevem profissionais de várias áreas que cuidam de crianças com um sentimento de impotência. É no CIEN que podemos suplantar de alguma forma essa impotência, fazendo uso da Psicanálise de Orientação Lacaniana, mas não transformando isto em uma terapia. Aconteceu também a  Conversação dos Institutos do Brasil, onde a discussão frutífera foi animada por Leonardo Gorostiza. No intervalo do almoço foi exibido o filme “La première séance”, de Gerard Miller. Na sexta-feira à noite houve uma festa que antecipou o Encontro propriamente dito, fazendo que o laço social se fortalecesse  entre os participantes de vários países no Clube dos Macacos, com samba e alegria e com o jeito carioca de receber com hospitalidade ímpar os que chegavam naquela cidade, alguns pela primeira vez! No sábado, quando o encontro oficialmente começou, o trabalho já estava avançado. Pela manhã tivemos seções plenárias com a conferência de Éric Laurent intitulada: “Pluralidade das razões subjetivas”. Segundo Cristina Drummond, “Laurent comentou que parte da recusa da idéia de que o que temos em comum é um funcionamento psíquico. O sujeito não é constituído pelo que aprendeu, mas por aquilo que escutou e pela maneira que foi tocado pela palavra. Para as neurociências, a loucura de cada um se reduz a um desfuncionamento”. Laurent ainda se pergunta como assegurar o nosso lugar no campo da Ciência, relembrando que os sonhos são matéria dos psicanalistas e que o que encontramos é justo o contrário dos  achados dos ‘cartógrafos da mente’. Daí afirmar que o desejo não faz parte do funcionamento mental e portanto não pode ser mapeado. Ao se referir ao inconsciente invoca a câmera escura que foi iluminada, sendo que a formulação mais adequada para o inconsciente não seria subliminar, não teria uma claridade plena, não deixaria nenhum contorno, pois  trata-se de uma representação do que falta. Termina ainda dizendo que cada parlêtre fala a sua própria língua, onde diz de sua dor, de sua experiência e isto define um nome próprio: recordar de si mesmo. Finaliza sua fala falando da experiência do passe que busca a última palavra que estrutura a relação do sujeito com o Outro; e que isto se dá de forma particular. Houve  o lançamento do livro cuidadoso do V Enapol, onde textos de diversos colegas tratam do tema de maneira interessante e diversa, e também cada participante ganhou um cd com todas as falas proferidas em diversas salas simultâneas que constam de mais de 800 páginas de produção. As mesas de trabalho durante o sábado à tarde e no domingo de manhã foram boas e os  trabalhos geraram bons frutos. A mesa dos AEs fechou o Enapol com chave de ouro, pelos conhecimentos / testemunhos ali transmitidos de forma tão singular. 

Resumo de Thaís Moraes Correia -  coordenadora da Biblioteca e Publicação da DG/MA

*Informações que serão disponibilizadas no próximo boletim da DG/MA.

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