Cidades analíticas*
Por: Maria de Lourdes Mattos – EBP-SP- CLINa
Em “Cidades analíticas”[1] Laurent, a partir de uma referência poética de Lacan sobre o estatuto do inconsciente, comenta sobre o novo modo de considerar o dito de Lacan segundo o qual “o inconsciente é estruturado como uma linguagem”.
A referência - “o inconsciente é Baltimore ao amanhecer”- foi uma afirmação feita por Lacan em 1966 num colóquio sobre o estruturalismo, na Universidade John Hopkins, localizada na cidade de Baltimore. Laurent considera que nessa afirmação estão presentes, além das dimensões de lugar e de tempo do inconsciente, a introdução do objeto a. Para desenvolver seus argumentos utiliza referências importantes de Freud, Miller, Nietzsche, Baudelaire, Walter Benjamin, Jean-Paul Sartre, Claude Lévi-Straus, entre outros.
Considera que “a cidade apresentada por Lacan em 1966 pode ser lida com o matema da fantasia: S/◊a. É o inconsciente que se lê graças a estrutura que já está ali, testemunha de pensamentos em ato, articulados, mas também fora do sentido. É uma “significantização” da atividade, do gozo que circula nas cidades”. [2] Refere que Lacan dá um passo importante quando sai da “cidade lida para a cidade letra”.
Referência
*Laurent, Éric. Cidades analíticas. In A sociedade do sintoma – a psicanálise, hoje. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria Ltda, 2007
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