22.5.11

Seção São Paulo em movimento - ENAPOL: "Todo mundo é louco, isto é, delirante" (J.Lacan)




     Cidades analíticas*
      (Resenha desenvolvida na preparação para o V Encontro Americano - ENAPOL)


    Por: Maria de Lourdes Mattos – EBP-SP- CLINa


                Em “Cidades analíticas”[1] Laurent, a partir de uma referência  poética de Lacan sobre o estatuto do inconsciente, comenta sobre o novo modo de considerar o dito de Lacan segundo o qual “o inconsciente é estruturado como uma linguagem”.

                A referência - “o inconsciente é Baltimore ao amanhecer”-  foi uma afirmação feita por Lacan em 1966 num colóquio sobre o estruturalismo, na Universidade John Hopkins, localizada na cidade de Baltimore. Laurent considera que nessa afirmação estão presentes, além das dimensões de lugar e de tempo do inconsciente, a  introdução do objeto a. Para desenvolver seus argumentos utiliza referências importantes de Freud, Miller, Nietzsche, Baudelaire, Walter Benjamin, Jean-Paul Sartre, Claude Lévi-Straus, entre outros.

                Considera que “a cidade apresentada por Lacan em 1966 pode ser lida com o matema da fantasia: S/◊a. É o inconsciente que se lê graças a estrutura que já está ali, testemunha de pensamentos em ato, articulados, mas também fora do sentido. É uma “significantização” da atividade, do gozo que circula nas cidades”. [2] Refere que Lacan dá um passo importante quando sai da “cidade lida para a cidade letra”.
               
      Referência

    *Laurent, Éric.  Cidades analíticas. In A sociedade do sintoma – a psicanálise, hoje.  Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria Ltda, 2007
               



    [1] LAURENT, É. “A sociedade do sintoma – a psicanálise, hoje”. RJ. Contra Capa, 2007, p. 91-110.
    [2] Idem. p. 109.

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